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<!DOCTYPE html>
<html lang="pt-br">
<head>
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<title>Futurismo Tropical</title>
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</head>
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<header>
<nav>
<ul>
<li><a href="index.html">Sobre</a></li>
<li><a href="conceitos.html">Conceitos Básicos</a></li>
<li><a href="metodos.html">Métodos de Aplicação</a></li>
<li><a href="fontes.html">Autores e Livros</a></li>
<li><a href="arte.html">Arte</a></li>
</ul>
</nav>
</header>
<main>
<section id="home">
<h1><a href="index.html">Futurismo Tropical</a></h1>
<p>Projeto Open Source para "tropicalizar" o conhecimento sobre Futurismo para o público brasileiro e começar a desenvolver o campo do "futurismo à brasileira", ou futurismo tropical.</p>
</section>
<h2>Reflexão</h2>
<div class="card h3">
<cite>
<h2>País Tropical </h2> </cite>
<p><cite>"uma representação da América Latina no Futurismo"</cite></p>
<h3><a href="https://es.m.wikipedia.org/wiki/Jorge_Ben_Jor">Jorge Ben Jor</a></h3>
Moro num país tropical, abençoado por Deus <br>
E bonito por natureza (mas que beleza) <br>
Em fevereiro (em fevereiro) <br>
Tem carnaval (tem carnaval) <br>
Eu tenho um fusca e um violão <br>
Sou Flamengo <br>
Tenho uma nêga <br>
Chamada Tereza <br>
Sambaby <br>
Sambaby <br>
Sou um menino de mentalidade mediana <br>
(Pois é) mas assim mesmo sou feliz da vida <br>
Pois eu não devo nada a ninguém <br>
(Pois é) pois eu sou feliz <br>
Muito feliz comigo mesmo <br>
(...)<br>
</cite>
<br>
<img src="file:///C:/Users/evers/OneDrive/Imagens/58cc6b6-jorge-ben-novo.webp" alt="Jorge Ben Jor" width="200" height="200"
class ="img">
</div>
</head>
<br>
<h2> Considerações Iniciais</h2>
<div class="card">
<h3> Introdução</h3>
<p> Criar suposições sobre o futuro se mostrou uma tarefa
incerta ou até mesmo, difícil. A precipitação, portanto, já é uma característica que, além de abordar
um macro de significados e aplicações, também é uma das principais características da maioria dos seres vivos,
que, por sua vez, são capazes de se adaptar a eventos adversos, com base em gatilhos e reações do ambiente ao
seu redor, ou até de seus próprios organismos. <br>
A fome, por exemplo, é o mecanismo que nosso organismo utiliza para sinalizar a necessidade de ingerirmos
alimentos para então, conseguirmos realizar nossas necessidades metabólicas através da obtenção de energia.<br>
</p>
<p> Além da fome, nosso corpo utiliza outros meios para sinalizar suas necessidades, cada um contendo em si,
finalidades específicas, mas em sua maioria, relacionadas à antecipação de um futuro incerto. Para o filósofo <b>Aristóteles</b>
(Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.), o tempo e suas instâncias poderiam ser explicados pela Física: <cite>“Porque o tempo é apenas isto:
o número do movimento segundo o antes e o depois.”</cite> (Phys. 219 b1-2, tradução nossa). </p>
<h3> Contribuições de Ricoeur e Santo Agostinho</h3>
<strong> Paul Ricoeur </strong>
<p> A narratividade necessária e sua consciência presente na História como objeto de estudo, tese reafirmada por
<b>Paul Ricoeur</b>(Valence, 1913 - Châtenay-Malabry, 2005), que buscou principalmente assegurar o retorno do vivido,
da sensibilidade e da ação humana sob uma historiografia que, em casos extremos, parecia abstrair-se do homem.
A inteligibilidade histórica, certamente necessária tal como haviam proposto os estudiosos, não poderia excluir o vivido.
</p>
<strong> Santo Agostinho</strong>
<p> O filósofo e doutor da Igreja, <b>Santo Agostinho</b>(Tagaste, 354 - Hipona, 430), havia rejeitado a antiga ideia grega
de que o tempo correspondia a um "movimento dos astros", e no lugar, introduz a tese de que <cite>"o tempo é interior,
passando-se na alma"</cite>, permitindo que a alma humana seja impactada com uma tripla presença: <br>
<ul><li> Passado, através da <cite>Memória</cite>;</li>
<li> Presente, através da <cite>Visão</cite>;</li>
<li> Futuro, através da <cite>Expectativa</cite>.</li>
</ul>
</p>
<p> Com estes três conceitos juntos, a vivência humana ante o tempo foi vista como uma amálgama de
sentimentos e sentidos, que mesmo incomunicáveis, estão presentes na subjetividade.</p>
<br>
</div>
<br>
<h2> A Modernidade Tropical</h2>
<div class="card">
<p> <cite> Nenhum problema é mais profundamente ecológico – e ao mesmo tempo sociológico –
que o da adaptação do ho-mem ao meio físico, ao conjunto de condições de solo, de
vegetação e de vida animal dentro do qual vai estabelecer sua posição, seu status,
sua situação de homem social e não apenas de indivíduo biológico: de portador, transplantador,
deformador ou renovador de cultura, de instituições, de for-mas de vida social</cite> (Freyre, 1973, p. 453).<p>
<p><cite>[e]mbora o clima ninguém o considere o senhor-deus-todo-poderoso de antigamente, é impossível negar-se a
influência que exerce na formação e no desenvolvimento das socieda-des, senão direta, pelos efeitos imediatos
sobre o homem, indireta pela sua relação com a produtividade da terra, com as fontes de nutrição, e com os recursos
de exploração eco-nômica acessíveis ao povoador</cite> (Freyre, 2000a, p. 88).</p>
<p> Portanto, o homem como animal, impacta e é impactado pelo ecossistema ao redor, seja
através da sua relação com a terra, com as fontes de nutrição e com os recursos de exploração econômica acessíveis
ao povoador, ou através da sua relação com o clima, que exerce influência na formação e no desenvolvimento das sociedades.
Assemelhando-se a uma constante batalha entre polos diferentes, o humano tenta resistir às condições ecológicas do ambiente,
enquanto o próprio ambiente se adapta às mudanças ocasionadas por essa nova espécie.</p>
<h3> Clima e Temperatura Definindo a Literatura Humana</h3>
<p> A literatura humana, em sua maioria, é uma reflexão da experiência humana, que é, por sua vez, uma experiência
que se desenvolve em um ambiente específico, com suas particularidades e peculiaridades. O
clima e a temperatura são fatores que influenciam a forma como os seres
humanos se relacionam com o mundo ao seu redor, e, consequentemente,
a forma como eles se expressam através da literatura.</p>
<p> Na literatura brasileira, é ineguável a contribuição uma grande influência do clima
e da temperatura na formação da identidade cultural do país. O clima tropical, com
suas características de alta umidade e calor, permitiram que os peimeiros brasileiros
desenvolvessem uma cultura rica e diversificada, que foi influenciada pela presença
de diferentes povos e culturas ao longo da história do país.</p>
<h3> Regimes Autoritários e a Exploração</h3>
<p> A exploração do homem pelo homem, que é uma característica comum
em regimes autoritários, é uma das principais causas da degradação do
meio ambiente. A exploração do homem pelo homem é uma forma de exploração que
visa a obtenção de lucro a qualquer custo, sem considerar as consequências
para o meio ambiente e para a sociedade como um todo.</p>
<p> Os países tropicais, em sua maioria, localizados mais ao sul do planeta,
passaram por regimes autoritários, que exploraram os recursos naturais
do país, resultado de longos anos de exxploração e colonização, tendo em vista que
grande parte destes países foram colonizados por potências europeias,
que exploraram os recursos naturais do país. </p>
<strong> Literatura Pré-República</strong>
<ul>
<strong> Obras Literárias </strong>
<li> Memórias Póstumas de Brás Cubas </li>
<li> Dom Casmurro </li>
<li> Memórias de um Sargento de Milícias </li>
<li> Vida e Morte de Quincas Berro d'Água
<li> História da Vida Privada no Brasil </li>
<li> História do Brasil Império </li>
</ul>
<p> Obras que foram escritas ou que buscam retratar a nação brasileira
durante o período da monarquia, que foi marcado por uma grande
diversidade de culturas e povos, que se encontraram no território brasileiro,
especialmente indígenas, africanos e europeus. </p>
<p> Antes da Monarquia, os escritores, em sua maioria portuguese jesuítas,
desenvolveram os primeiros vestígios daquilo que viria a se tornar o primeiro
registro literário do Brasil. Porém, durante este período conhecido como <b>Quinhentismo</b>,
a literatura brasileira ainda não era uma literatura brasileira, mas sim uma literatura
portuguesa, que foi escrita por portugueses, que muitas vezes, cometiam erros em relação
à representação dos povos originários, portanto, durante essa época, o conhecido <b>Tropical</b>
era repleto de hipérboles e era um espelho de pré-conceitos dos europeus.
<p> Com a chegada da Monarquia, a literatura se expandiu, ganhando influências inglesas e
africanas: a identidade brasileira estava se formando, e o "tropical" tornava-se símbolo
da liberdade e prosperidade do povo brasileiro.
</p>
<strong> A Chegada da República</strong>
<p> O advento da República no Brasil, com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889,
marcou o fim do período monárquico e deu início a uma nova era de transformações políticas,
sociais e culturais. Este período republicano não apenas alterou o sistema de governo, mas
também desempenhou um papel crucial na formação da identidade nacional brasileira e na
concepção de um futurismo tropical, que mais tarde influenciaria diversas áreas do conhecimento e
da arte.</p>
<p> Com a Proclamação da República, o Brasil passou a buscar uma identidade nacional que não estivesse
atrelada à monarquia imperial e às suas tradições europeias. O novo regime republicano incentivou uma
série de mudanças que contribuíram para a construção de um sentimento de pertencimento nacional. A abolição
dos títulos de nobreza, a nova Constituição de 1891, e a criação de símbolos republicanos foram passos fundamentais
nesse processo.</p>
<p> O período republicano também viu o surgimento de uma intensa discussão sobre o conceito de brasilidade. Intelectuais,
artistas e políticos começaram a explorar e a afirmar a diversidade cultural e étnica do país, que havia sido menos
destacada durante a monarquia. Este movimento buscou valorizar as raízes indígenas, africanas e regionais, contrastando
com a visão predominantemente eurocêntrica do período imperial. A valorização do folclore, a promoção da cultura regional
e a reflexão sobre o papel do Brasil no cenário global contribuíram para um sentimento nacional mais robusto e inclusivo.</p>
<p> O conceito de futurismo tropical, um objeto de estudo científico que surgiu ao longo do século XX, é um reflexo das ideias e
transformações iniciadas na República. Este conceito explora a relação entre as características climáticas, culturais e sociais
do Brasil e suas projeções para o futuro. O futurismo tropical não se limita a uma visão utópica ou especulativa, mas busca
compreender como as condições ambientais e culturais do Brasil podem moldar e influenciar o desenvolvimento científico,
tecnológico e social do país.</p>
</div>
<h2> O Futurismo Tropical </h2>
<div class = "card">
<h3> O que é o Futurismo Tropical? </h3>
<p> O conceito de futurismo tropical, um objeto de estudo científico que surgiu ao longo do século XX, é um reflexo das ideias
e transformações iniciadas na República. Este conceito explora a relação entre as características climáticas, culturais
e sociais do Brasil e suas projeções para o futuro. O futurismo tropical não se limita a uma visão utópica ou especulativa,
mas busca compreender como as condições ambientais e culturais do Brasil podem moldar e influenciar o
desenvolvimento científico, tecnológico e social do país.</p>
<p> A literatura brasileira tem uma rica tradição de explorar temas relacionados à natureza tropical do país, desde a
exuberância da flora e fauna até os desafios ambientais impostos pelo clima. Escritores como
Jorge Amado e Guimarães Rosa já mergulhavam nesses elementos, criando imagens vívidas do Brasil tropical.
O Futurismo Tropical, por sua vez, estuda como essas características podem moldar o desenvolvimento
futuro do país, encontrando nas obras literárias uma fonte rica de reflexão sobre a interação entre ambiente e
identidade nacional.</p>
<h3> O Futurismo Tropical e a Identidade Nacional </h3>
<p> A literatura brasileira frequentemente se aventurou no reino da utopia e da imaginação futurista. Obras como
<cite>"A Moreninha"</cite> de <b>Joaquim Manuel de Macedo</b> e <cite>"Os Sertões"</cite> de <b>Euclides da Cunha</b> oferecem visões do Brasil que podem
ser reinterpretadas à luz das previsões do Futurismo Tropical. Essas narrativas literárias não só exploram cenários
ideais e críticos, mas também fornecem um ponto de partida para refletir sobre as possibilidades futuras que o
Futurismo Tropical busca entender.</p>
<cite> "O Rio de Janeiro é um dos lugares mais encantadores do mundo. Entre os montes e o mar, com as suas praias e o
seu céu azul, a cidade é um verdadeiro paraíso. Há algo de mágico na sua luz, na sua vegetação exuberante e no calor
de suas gentes. É impossível não se sentir cativado por sua beleza tropical e seu ambiente vibrante." </cite>
- A Moreninha, 1844 <br>
<p><cite> "A terra é áspera, o solo é arenoso, e o clima é severo; as chuvas são escassas e o calor, opressivo.
No entanto, é nesse ambiente árido que brota uma forma de vida singular, marcada pela resistência e pela
adaptação extrema às condições adversas. O sertanejo, moldado por esse cenário implacável, desenvolve
uma resiliência e uma forma de vida que são profundamente influenciadas pela dureza do ambiente em que vive."</cite>
- Os Sertões, 1902 </p>
</div>
<h2> Futurismo na Cultura Popular </h2>
<div class = "card">
<h3> Breve Resumo </h3>
<p> O Futurismo, fazendo parte deste conceito de tempo abordado anteriormente, tende a estar mais presente
em certas obras que outras, quando se é visível a intenção do autor de retratar um possível futuro tropical,
que carrega consigo o histórico do advento colonialista e militarista. <br>
Portanto, não serão consideradas apenas as obras latinas como parte deste movimento, mas é preciso
ter a noção que obras estrangeiras, vindas de países de <cite>"primeiro mundo"</cite>, também utilizam
pré-requisitos para criar obras distópicas ou utópicas sobre seus vizinhos tropicais: <br>
tais requisitos se mostram ser estereótipos com base em pré-conceitos muitas vezes criados
por eles mesmos, e frequentemente reforçados de forma inconsciente pelas vítimas. Uma perda
de uma própria identidade nacional.</p>
<cite> "Com o processo de globalização e o aumento da facilidade de disseminação de
novas interações sociais se gerou um processo de alteração nas antigas
identidades nacionais, sendo essas cada vez mais substituídas por outras
novas e fragmentadas."</cite> (Globalização e Mídia: Perda da Identidade Nacional, 1 p1-2, RELAÇÕES INTERNACIONAIS: TEORIA,
HISTÓRIA E PODER).
<h3> Introdução </h3>
<p> <strong> Livros </strong></p>
<ul>
<li><cite>"Ficções"</cite> de <strong> Jorge Luis Borges;</strong> </li>
<li><cite>"Rayuela"</cite> de <strong> Julio Cortázar; </strong> </li>
<li><cite>"Cem Anos de Solidão"</cite> de <strong> Gabriel García Márquez.</strong></li>
</ul>
<p> <strong> Cinema </strong></p>
<ul>
<li> <cite> "Children of Men" (Filhos da Esperança) </cite> de <strong>Alfonso Cuarón;</strong> </li>
<li> <cite> "Brazil" </cite> de <strong> Terry Gilliam; </strong></li>
<li> <cite> "Princess Mononoke" (Princesa Mononoke) </cite> de <strong> Hayao Miyazaki;</strong></li>
<li> <cite> "O Homem do Futuro" </cite> de <strong> Cláudio Torres; </strong></li>
<li> <cite> "Los Silencios" </cite> de <strong> Beatriz Seigner, </strong></li>
</ul>
<p> <strong> Televisão </strong></p>
<ul>
<li> <cite> "Black Mirror" </cite> de <strong> Charlie Brooker; </strong></li>
<li> <cite> "3%"</cite> de <strong> Cesar Charlone </strong> e <strong> Pedro Aguilera; </strong></li>
<li> <cite> "Cidade dos Homens"</cite> de <strong> Fernando Meirelles </strong> e <strong> Kátia Lund; </strong></li>
<li> <cite> "Michiko e Hatchin" </cite> de <strong> Sayo Yamamoto. </strong></li>
</ul>
<p> <strong> Música </strong></p>
<ul>
<li> <cite> "Robocop Gay" </cite> de <strong> Mamonas Assassinas; </strong></li>
<li> <cite> "Que país é esse?" </cite> de <strong> Legião Urbana; </strong></li>
<li> <cite> "Brazil" </cite> de <strong> O Terno; </strong></li>
<li> <cite> "País Tropical" </cite> de <strong> Jorge Ben Jor; </strong></li>
<li> <cite> "Ana No Duerme"</cite> de <strong> Almendra. </strong></li>
</ul>
</div>
<h2> Metrópolis e o advento do Futurismo </h2>
<div class = "card">
<cite> “The mediator between head and hands must be the heart”
(“O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração”)</cite> (Metrópolis, 1927).
<p> Metrópolis de <b>Fritz Lang</b>, obra que popularizou não apenas o <cite>
expressionismo alemão</cite> aos cinemas, como também, proporcionou uma
visão mais crítica e alucinógena dos possíveis futuros, usufruindo de
conceitos contemporâneos à época e os indentando em contextos futurísticos. </p>
<p> Produzido em 1927, com direção de cineasta austríaco <b>Fritz Lang</b> e roteiro baseado no
romance escrito por sua então esposa <b>Thea von Harbou</b>, Metrópolis introduz um cenário
futurístico e aborda questões raciais e sociais recorrentes no <cite>século XX</cite>, em
que foi produzido. De mesma forma, outras obras aproveitariam-se deste modo de abstração do
tempo, e produziriam suas próprias obras usando o escopo desta produção alemã. </p>
<ul>
<cite> "Metropolis é a gênese da ficção científica. Se o curta-metragem Viagem À Lua de George Méliès (1902)
é considerado o primeiro filme do gênero, a despeito de sua atmosfera muito mais lúdica e sua pouca preocupação
com continuidade e proporção, foi Metropolis que estabeleceu conceitos a serem utilizados posteriormente, por
incontáveis filmes que também se tornariam, a seu tempo, clássicos absolutos. A concepção visual deste longa alemão
de 1927 constitui um valiosíssimo relicário de imagens, e uma das maiores fontes de inspiração da história do cinema,
da qual beberam não apenas o gênero ficção científica, mas também a aventura, os filmes catástrofe e o terror,
como veremos adiante. Contudo, não é apenas pelas imagens que Metropolis ganhou toda essa importância. Legítimo expoente
do expressionismo alemão, e realizado em plena depressão pós I Guerra Mundial pela qual o país passava na época, esta obra
distópica dirigida por Fritz Lang e escrita por ele em parceria com sua esposa, imagina um futuro pessimista e,
veja só, recheado de itens familiares ao nosso presente. Este ambicioso filme, uma superprodução para a época,
é um manifesto – um dos primeiros da Sétima Arte – às diferenças de classes e à opressão em prol da industrialização.
O roteiro encontra espaço ainda, por meio de simbolismos, para fazer alusões ao sagrado e ao profano." <br>
(...) <br>
</cite> (Roberto O. AdoroCinema, 2015).
</ul>
<p> Portanto, é visível o quanto Metrópolis introduziu amplamente a <cite>"topias"</cite> baseadas nos anais da
sociedade, baseando-se nos contextos contemporâneos à sua produção, como também, às opiniões do autor sob determinados
elementos antropológicos, coisas que são determinadas por um outro conjunto de fatores. </p>
</div>
</main>
<footer>
<p>2024 - Futurismo Tropical. Um Projeto Open Source.</p>
<p>Clone esse repositório, acrescente suas sugestões e faça um push.</p>
<p>Ou apenas envie sugestões e idéias ao email ernj@cin.ufpe.br</p>
</footer>
</body>
</html>